quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Discrição do Próprio Tema...

Imagine um círculo cortado em quatro pedaços iguais, a linha horizontal que divide o círculo em duas metades, nós chamamos de eixo do espaço ou linha do livre arbítrio, ela proporciona duas partes, a superior que representa o diurno, o consciente, o extrovertido, a vida exterior, e a parte inferior que representa o noturno, o inconsciente, o introvertido, a vida interior.
Agora, uma linha vertical que divide o círculo em outras duas metades, chamamos de eixo do tempo ou linha do destino, ela proporciona também duas partes, a direita, o lado ocidental representa o alocêntrico, aquele que escuta pouco, e a parte da esquerda, o lado oriental representa o egocêntrico, aquele que sabe o que quer, que é determinado e que fala mais.
Uma vez determinado o ascendente, Asc., criou-se também o Desc., o MC e o FC, todos juntos formam os pontos que determinam ângulos de 90º, são os ângulos cardinais ou cardeais, quadraturas que tencionam, dimensionam, colocam, definem o ego, representa o "crucifixo", ou a imagem do homem na cruz, a do Cristo, é o simbolismo do homem assumindo uma totalidade sua individual diante, para e com uma totalidade maior na vida.
Esses ângulos determinam a cruz da vida que o homem carrega por 12 estações (signos), até o calvário, onde sua vida se consuma se realiza (morrer e renascer). É o básico da existência, é a interseção entre tempo e espaço, onde o ser se define em correspondência com um dado momento, o seu nascimento.
A astrologia não usa a lógica que é dual, binária, mas a analogia como raciocínio, o qual percebe funções interagindo em uma dinâmica ternária, como simbolismo chinês da vida de um homem representado por um cocheiro conduzindo uma carruagem atrelada a um cavalo, onde o cocheiro representa a mente, o intelecto; a carruagem o material, o físico e o cavalo as emoções, os desejos.
O eixo da Asc. - Desc. determina a divisão do espaço em dia e noite. O Asc. é o "eu", o Desc. é o "tu" ou "outro". O movimento do eu em busca do tu, do outro, pode se dar pelo caminho que passa pelo MC ou pelo FC.
O eixo do MC - FC determina o tempo, o passado (FC) e o futuro (MC). O FC está associado a família, a hereditariedade, aos condicionamentos, aos hábitos. O MC está associado ao status, a imagem social, ao trabalho no mundo.
Os quatro pontos cardinais determinam as casas terrestres angulares: Asc. - casa I, Desc. - casa VII, MC - casa X e FC - casa IV.
Quando o eu busca o tu, pode fazei-lo conquistando uma posição social, ou buscando afinidades com a sua própria formação no seio da família.
Nas casas de água, ou seja, no triângulo de água:
Quando o passado (casa IV) busca o futuro (casa X) passando pelo tu (casa VII), há uma morte (separar-se do passado), uma transformação, uma iniciação, pois é necessário passar pela (casa VIII).
Quando o passado (casa IV) busca o futuro (casa X) passando pelo eu (casa I), há um reconhecimento da própria essência, do projeto de vida e consequentemente, uma iluminação, um resgate do que jazia oculto no inconsciente, um maior conhecimento de si mesmo, pois é necessário passar pela (casa XII).
Nas casas de terra, ou seja, no trígono de terra:
Quando o futuro (casa X) se realiza passando pelo eu (casa I), o que se obtém é o senso de valor que se atribui às coisas e a si mesmo. Nesse caminho se adquire auto-estima, que é a capacidade que se tem de estimar, avaliar quanto se vale, pois foi necessário passar pela (casa II).
Quando o futuro (casa X) se realiza passando pelo filtro do tu (casa VII), o que se obtém é trabalho, disciplina, método, pois foi necessário passar pela (casa VI).
O signo onde está o Sol significa que a consciência está sintonizada e, portanto, é um canal aberto de passagem de uma dada natureza de energia representado pelo signo.
Não há bons ou maus signos, assim como não há bons ou maus aspectos e ainda mapas bons ou maus. Nascemos em perfeita harmonia e sintonia com a natureza, de um dado momento no tempo e espaço. Somos como uma célula que nasce com uma determinada função dentro de um tecido orgânico.
Nossos sofrimentos e frustrações não são devidos ao nosso mapa, mas a nossa pouca ou nenhuma compreensão do que somos e a de que iremos ser e de como podemos realizar nosso ser em plenitude.
O horóscopo não diz em que nível uma pessoa está. O tema mostra potencialidades, mas só por ele não podemos saber como e em que nível alguém está atualizando estas potencialidades. Qualquer pessoa é sempre mais importante que seu horóscopo.

ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS

Qual é o seu signo? Com certeza você sabe a resposta, mas alguma vez você já parou para pensar por que é desse signo? Quem foi que definiu que alguém que nasce em determinada data é de um signo com características tão diferentes de quem nasce seis meses depois?
Tudo isso tem uma explicação; é uma história que começou lá longe, há mais de 4.000 anos. O homem começou atribuindo significados ao ciclo dos dias e das noites, e daí derivam todas as idéias e conceitos contidos no Sol e na Lua, constituindo estes uma polaridade básica:
Sol representa o masculino, o dia, a consciência, a atividade, o dar, o criador, o emissor, a identidade, a irradiação, entre outros.
Lua representa o feminino, à noite, a inconsciência, a passividade, o receber, o nutridor, o receptor, a imagem, o reflexo, etc.
Os responsáveis principais e primeiros por essa ciência foram os povos egípcios e gregos, que gostavam de passar as noites admirando o céu. Com o tempo, eles perceberam que as estrelas, muitas vezes, aparecem juntas em grandes grupos.
Observando esses grupos, aprenderam a identificá-los e acabaram dando nome a cada um. É o que nós chamamos, hoje, de constelações. As constelações mais importantes para a Astrologia são justamente as de: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem,
Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário, Peixes.

Assim nasceu a Astrologia...

Mas eles também prestavam atenção ao Sol e à Lua e notaram que o Sol não nasce sempre no mesmo lugar. Durante um período, ele nasce mais à esquerda e, na medida em que os meses passam, vai caminhando para a direita. Nós também podemos ver isso.
Com todos esses dados, os antigos acabaram concluindo que esse movimento do Sol
(eles pensavam que o qual se movia era o Sol e hoje já sabemos que é a Terra) fazia com que ele, a cada período de aproximadamente trinta dias, encobrisse uma dessas doze principais constelações.
Também perceberam que as pessoas nascidas durante o período em que o Sol estava encobrindo a constelação de Aquário, por exemplo, tinham algumas características em comum, diferentes daquelas que nascem durante a época em que o Sol encobre uma outra constelação qualquer.
O zodíaco pode ser entendido como a trajetória aparente do Sol no céu. O cinturão zodiacal é simbólico, cada signo ocupando 30º do círculo.
Março é o mês da entrada do Sol em Áries, é também o signo os começos, das germinações, o que traz o florescimento e a renovação da vida. Em Março comemoramos o ano novo astrológico, quando o Sol atinge 0º de Áries, ponto de cruzamento da eclíptica com o equador celeste, momento em que o dia e a noite tem idêntica duração. Marte, o planeta regente de Áries, reverenciado pelos romanos como um deus guerreiro, empresta seu nome ao mês.
Porém, nossa personalidade não é tão simples para que baste nos dividir em doze grupos diferentes, somente de acordo com a data em que nascemos. Procurando explicar melhor a diversidade e a complexidade dos nossos traços individuais, os estudiosos notaram que não só a data de nascimento tinha importância, mas a hora também.
E, assim como a data tem relação com o movimento do Sol durante o ano, a hora está relacionada com a movimentação do Sol durante o dia, ou seja, a posição que ele ocupa em relação ao horizonte no momento do nascimento.
A essa nova descoberta deram o nome de Ascendente. Mas para que ele serve?
É simples: a data de nascimento indica as características das pessoas, e o ascendente, o comportamento delas. Quer dizer, o seu signo é o que você é mesmo, o que sente dentro do seu coração e da sua alma.
Já o ascendente é como você se mostra para o mundo. Para poder conduzir melhor a própria vida, é preciso conseguir harmonizar o seu signo e o seu ascendente.
Você já deve ter passado pela estranha experiência de ouvir alguém dizer que você é assim e, no entanto, você pode jurar de pés juntos que é assado.
Isso acontece por causa do choque entre o signo e o ascendente. Esse tipo de coisa é muito comum quando a pessoa tem um ascendente com características muito diferentes das do seu signo.
Muitas vezes, são pessoas conflitantes, mas também existem aquelas que conseguem tirar proveito disso se saindo muito bem em qualquer situação.
Já aquelas que têm signo e ascendente parecidos, ou mesmo iguais, têm menos conflitos internos. No entanto, podem acabar se tornando muito radicais e só admitirem uma maneira de ver a vida, a própria.